SPLA : Portal da diversidade cultural
Cultures-Fiji

Festival AZGO prova maturidade e pujança

Gênero : Comunicados
Contacto azgo
Principal país relacionado : Rúbrica : Música
Mês de lançamento : 2016
Publicado em : 30/05/2016
Fonte : Azgo Festival

A cidade de Maputo vestiu se gala para acolher as festividades da Sexta Edição do Festival Internacional das Músicas do Mundo – o AZGO. Foi na verdade o culminar de uma série de acções que aconteceram em paralelo, a começar, o concurso AZGO 2M Batalha das Bandas que apurou dois grandes vencedores; Açucar Castanho Experiment e Queen Sheba que lançaram suas carreiras ao níve internacinal no último fim de semana, tendo em conta a extensa audiência do Festival AZGO.
 
Por outro lado, o AZGO Dialogar, uma plataforma de discussão das indústrias culturais e criativas que este ano teve como palco o Complexo Pedagógico da Universidade Eduardo Mondlane. Foi uma ocasião de partilha de ideias entre intervenientes oriundos de outros países e, claro, Moçambique também partilhou o seu conhecimento com o mundo.
 
Mas naturalmente que o ponto mais alto das festividades do AZGO foram os dois grandes concertos, que tiveram lugar de sexta-feira à sábado no Campus Principal da Universidade Eduardo Mondlane.
Mas ainda mais cedo, o desenrolar dos factos começou na Escola Primária 07 de Setembro, na cidade de Maput, com o AZGOZITO – Festival Escoar, onde os mais novos tiveram a oportunidade de interagir com as outras culturas. Uma actividade que consistiu basicamente na realização de uma oficina de artes em geral, com foco para reciclagem e outras manifestações.
 
Mais tarde, a partir das 16horas, abriam se os portões do recinto dos concertos, o Campus Principal da Universidade Eduardo Mondlane. Espectativa maior por parte do público, que não aguardava apenas pelos artistas subejamente estabelecidos na praça, mas também, dos mais eclétios artistas musicais que anualmente escalam Maputo para o Festival AZGO. Aliás, o AZGO já habituou esta forma de estar e ser ao seu puúblico que cresce anualmente.
 
O pontapé de saída em termos de concertos foi a brilhante actuação da banda Açucar Castanho Experiment, um agrupamento de jazz experimental que ficou em primeiro lugar no concurso AZGO 2M Batalha das Bandas.
Em termos de actuações internacinais, importa destacar Cold Specks do canadá, Maya Kamaty das Ilhas Reunião, ZA da Espanha e de Portugal HMB que seduziu o público até as últimas consequencias em termos de espectáculo.
 
Mas o destaque de sexta-feira, vai sem sombra de dúvidas, para a actuação da cabo-verdiana Lura, que recordou temas Na Ri Na, percorrendo o Nha Vida até aos novos trabalhos integrados no seu último disco de originais intitulado Herança. Lura conseguiu agitar a plateia com o grande suporte de uma banda composta pelos moçambicanos; Hélder Gonzaga no baixo, Walter Mabas na guitarra, Tony Paco na bateria  e o cabo-vediano Tó Viera pianista e produtor da cantora Lura. Foi na verdade mais uma acção integrada no programa de colaborações que o Festival AZGO promove entre músicos nacionais e estrangeiros. E as colaborações proseguiram, Paulo Flores partilhou palco co Nelton Miranda no baixo, Djivas na Guitarra, Quinzinho na bateria, Samito Tembe na percussão e o São Tomense Manescas Costa na guitarra companheiro da estrela do semba já há muitos anos. O concerto de Paulo Flores fez fusão entre clássicos e obras de um passado muito recente.
 
Paulo Fores disse em entrevista a jornalistas moçambicanos, que Moçambique está viver um momento importante em termos de música e artes, com o surgimento de bons músicos mas também de plataformas que servem para promoverem essa riqueza.
E como não podia faltar a música e os músicos moçambicanos estiveram em alta. O Tributo Alexandre Langa, expressou o poder da nossa músico. O elenco composto por Fadir que fez a plateia delirar com a sua áspera voz interpretando Mulumuzana, Sandra Isaias com Masseve levantou a audiência que viria a embalar se com o Mavunwa cantada pelo vozeirão, Wazimbo. Muzila e Bernardo Domingos, saxofinista e guitarrista respectivamente, fizeram a rapsódia instrumental do disco. Roberto Chitsondzo e a sua guitarra recodaram o mestre Alexandre Langa, eternizando o clássico de todo o sempre Xighangalafula, Bob Lee foi uma das maiores presenças em palco tendo em conta o sucesso que continua a ter o tema por si interpretado no CD, a música Rosa Maria. Elvia Viegas não ficou de trás, com a sua forte presença em palco contagiou aos fãs com o sucesso loku hi Kuluma hi lirandzo.
 
Neyma, cantou marrabenta e outros ritmos num show repleto de muita dança e vibração total do público. Neyma foi aplaudida e teve coristas a mais, ou seja, o público cantou todas suas músicas do princípio ao fim da actuação.
 
Azagaia e o poder do Hip Hop
Azagaia atraiu parte significativa do público, tendo em conta a sede que os seus seguidores ainda têm dos seus concertos. Acompanhado pelos Cortadores de Lenha, Azagaia fez um show cheio de calor, energia e muito charme. Charme tendo em conta a forma como o artista maneja o seu corpo em palco, a maneira como se movimentava em palco. Preenchia e enchia-o todo. Mas, por outro lado, a qualidade de colocação vocal bem timbrada e com tendênca crescente, levaram o público a pedir por mais quando o tempo de palco do jovem raper já tinha chegado ao fim. Azagaia teve que cantar mais. Recordou as "Mentiras da Verdade" do disco Babalaze e "Minha Geração" do seu último CD de originais Kubaliwa. Ainda no sábado ficam na memória às actuações de Deltin Guerreiro, que apresentou de forma esplêndida o seu primeiro trabalho descográfico, Eparaka. Acompanhado por uma luxuosa banda, composta por nomes como; Nelton Miranda, Stélio Zoé, Dódó, Deltno Guerreiro transmitiu o quão ele constitui uma esperança e certeza na nossa música.
 
Entre Loliwe e Country Girl, Zahara fez-nos dançar e embalou-nos com a sua voz e dedilhar da guitarra acústica. O show respondeu a grande espectativa dos que afluiram em massa o Campus da UEM. Vibração total com os quenianos Sauti Sol, cantaram Live and Die in Africa e outros sucessos a mistura, a banda conseguiu criar, a partir do AZGO, uma legião de fãs que questionavam a proviniência da banda durante e depois da sua actuação.
Estére da Nova Zelândia, fez um concerto cheio de poder e sedução fazendo com que a plateia vibrasse ao seu som. Pablo Nouvelle da Suíça e Dj Kenzehero da África do Sul, incendiaram a plateia misturando sons de todos os tempos e a todo gás, o mesmo fizeram os Majestic Sound System mas numa onda reggae dub. Da Swazilândia Bholoja, uma mistura da música tipicamente Swazi e do mundo que fez bastante furor no palco Gil Vicente.
 
Organização exemplar
O Festival AZGO provou a sua grande maturidade nesta Sexta Edição, aliás, o evento tem crescido anualmente. Desde o rigor nos horários até em questões de acolhimento. Por exemplo, as casas de banho feitas apartir de material alternativo (sacos, paus, madeiras etc) mas bem estruturadas e limpas, mereceram uma apreciação positiva do público. A segurança e tranquilidade são outros aspectos positivos a destacar na presente edição do Festival AZGO em termos de organização.
A Sexta edição do Festival AZGO teve o patrocínio do Millennium BIM, MCNET, Jamson, 2m, Ímpar e Universidade Eduardo Mondlane. O evento é produzido e realizado pela Khuzula Investiments.
 

Estruturas

1 fichas

Parceiros

  • Alliance Française VANUATU
  • PACIFIC ARTS ALLIANCE
  • FURTHER ARTS

Com o apoio de